Fiquei estarrecida ontem com a notícia que vi:
Jovem de 26 anos é morto por tiro após discussão com segurança de 28 anos do shopping Iguatemi.
Agora, respondam-me uma pergunta: se o segurança não tivesse uma arma, este jovem estaria morto? No máximo, teria levado uma surra...
Esta historio me fez lembrar outra da minha adolescência: o pai de uma conhecida minha matou o namorado dela com um tiro. Ela deu uma fugidinha de casa na calada da noite para namorar escondido com seu namorado (quem nunca fez isto na vida???) e, quando voltou, seu pai atirou no menino, pensando se tratar de um ladrão...
Repito a pergunta: se este pai não tivesse uma arma, este jovem teria morrido?
Sou totalmente contra cidadãos armados, buscando sua defesa pessoal. Se as instituições não nos oferecem a segurança que precisamos, é necessário nos organizarmos e refletirmos sobre as causas basais da violência que nos amedronta: a desigualdade social. Enquanto há pessoas que desperdiçam comida, outras passam fome; enquanto existem pessoas que compram jatinho de milhões, outras moram em casa de papelão (vemos muitas destas casas na marginal Tietê). Existem pessoas que trabalham como escravas, ganhando menos de um salário mínimo por mês, sem carteira assinada, para famílias abastardas (vide a vida de muitas empregadas domésticas do Brasil, que seriam melhor denominadas como escravas domésticas)...
Em Maringá eles organizaram um Comitê interinstitucional contra a violência com bons resultados. São estas experiências que devem ser repetidas pelo Brasil...
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