Extraído do link do título. Caminhos da história em Minas | | | |
Por Ana Luisa Arbex | |
30 de maio de 2007 | |
No final do século XVII, a descoberta de ouro e diamantes no Brasil Colônia atraiu milhares de portugueses e colonos de outras regiões do país para onde se situa hoje o Estado de Minas Gerais. Foram abertas estradas e caminhos que ligassem as zonas mineradoras aos portos do Rio de Janeiro. Era obrigatório que pessoas e riquezas passassem apenas por essas vias, que eram de propriedade da Coroa Metropolitana. Os caminhos reais foram usados por imperadores, comerciantes, artistas e figuras lendárias. Surgiu então o termo Estrada Real como os caminhos oficiais que ajudaram a construir a história brasileira. Hoje a Estrada Real é formada por 177 municípios, sendo 162 em Minas Gerais, oito no Estado do Rio de Janeiro e sete em São Paulo. Reúne em mais de 1200km de extensão diversas igrejas, museus, belezas naturais e muita história. Não é apenas uma via, mas a união de três principais caminhos que surgiram ao longo do tempo e que deram origem ao que conhecemos hoje: O Caminho Velho, o Caminho Novo e a Rota dos Diamantes. Sem a existência da Estrada Real o Brasil todo se configuraria de forma diferente. Com a consolidação da estrada, em apenas 25 anos, o eixo econômico do país, que durante dois séculos foi Salvador, é mudado. Os 50% da riqueza do país que se concentravam ali são transferidos para o Rio de Janeiro. Desbravando a Estrada Em 2001 foi criado o Instituto Estrada Real, o IER, uma sociedade civil sem fins lucrativos, por iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG. O objetivo do Instituto é proporcionar a auto-sustentação dos municipios da Estrada Real através do turismo, participando de projetos que busquem, por conseqüência, a geração de emprego e renda. Em abril de 2003 foi criado o Programa de Regionalização do Turismo. Essa foi uma estratégia de dinamizar o turismo na região de Minas. Logo após seu surgimento, houve uma valorização dos atrativos de Minas e o estado passou a ser dividido em vários circuitos turísticos, como o Circuito da Serra de Ibitipoca, Serra do Cipó, Trilha dos Inconfidentes, entre outros. Segundo a professora do departamento de Turismo da UFJF e vice-coordenadora do curso, Érika Alves de Mello, o Programa de Regionalização só veio reforçar o potencial turístico de Minas Gerais. Para ela, antes mesmo do surgimento dos circuitos eles já estavam formados, só não eram registrados. A Estrada Real veio como estratégia de dinamizar um caminho que antes era usado para o escoamento do ouro, mas que agora dá visibilidade e representatividade aos municípios ao redor da estrada. |
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