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domingo, 27 de janeiro de 2008

folclore em Sergipe



O FOLCLORE EM SERGIPE
(mais informações, clique no título)

fotos: São Gonçalo por Janaína Cruz

folclore retirado do site Turismo Sergipe



Um traço marcante da cultura sergipana é a riqueza das suas manifestações populares incorporadas ao cotidiano e aos grandes eventos. Estes lhes conferem maior visibilidade, hoje ampliada pelo interesse turístico que despertam, fazendo com que expressões culturais locais ganhem novos sentidos e funções, como atrair visitantes.
As festas são muito importantes na vida das comunidades e constituem momentos de celebração e reunião de pessoas da própria localidade, ou de visitantes, muitos dos quais aproveitam as ocasiões festivas para rever parentes e reforçar laços com a cidade de origem. As festas são também formas de sociabilidade e muitas delas têm uma grande potencialidade na afirmação de identidades locais. Mesmo quando se trata de festas que ocorrem em todo o Brasil, como o Natal e o Carnaval, o modo com uma dada cidade as celebra pode ser marca diferencial da localidade.
Os festejos juninos constituem uma tradição muito arraigada e difundida em todo o Estado, Fogueiras, queima de fogos, dança de quadrilhas e comidas à base de milho e coco são elementos sempre presentes. Mas há variações. Em Estância, por exemplo, os barcos de fogo, as batalhas de busca-pé dão às festas de São João um tom especial, que se articula com domínio que certos segmentos da população têm sobre a técnica de preparar fogos e saber manuseá-los, envolvendo nessa atividade trabalho, divertimento, coragem e destreza para enfrentar os perigos de lidar com fogos.
Em Capela, a comemoração mais forte acontece durante os festejos de São Pedro. Nessa cidade, o mastro, um dos itens da celebração, ganhou destaque. Buscar o mastro, tronco de árvore linheira e com muitos metros de comprimento, e erguê-lo na praça, tornou-se tão importante que o evento passou a ser conhecido como a Festa do Mastro.
Em Aracaju, a rua de São João é um espaço tradicional de festejos juninos, atualmente complementados pelo Forrocaju no Mercado Central, e pela Vila do Forró, na Orla de Atalaia.
As festas de Reis são muito difundidas no Estado, sobretudo na antiga zona canavieira. Celebradas em janeiro, em geral, estão associadas aos festejos de São Benedito e, às vezes, também , de Nossa Senhora do Rosário. Em alguns lugares, notadamente em Laranjeiras e Japaratuba, tornam-se espetaculares pelos muitos grupos folclóricos que reúnem. Atualmente, nessa cidades, reis e rainhas vinculados à taieira e ao cacumbi são coroados na igreja, após a celebração da missa, constituindo-se expressão de religiosidade par uns e atrativo turístico para outros.
As labutas marítimas e as batalhas da fé são tematizadas nas cheganças, que colocam em confronto mouros e cristãos, enquanto o reisado, o mais difundido dos folguedos sergipanos, encena a morte do boi, sua divisão e ressurreição, entremeado com muitas outras partes dançadas.
O elenco da danças, folguedo e rituais populares de caráter religioso ou profano é bastante amplo. Além dos já citados incluem-se, entre outros, os grupos de bacamarteiro, batalhão, batucada, cangaceiro, cavalhada, guerreiro, maracatu, parafuso, pastoril, samba (de coco, de roda, de boi, de parelha), dança de São Gonçalo e terno de zabumba ou banda de pífanos.
Apesar de longa, a lista não esgota a riqueza das manifestações folclóricas vigentes em Sergipe, todas elas portadoras de uma história. Centenárias em alguns casos, mais recentes em outros, umas voltando a funcionar após anos de interrupção, todas elas são tributárias das mudanças no contexto sociocultural onde estão inseridas. Realizadas por iniciativa dos brincantes, algumas delas, para cumprir promessas, ou contratadas pelas prefeituras, para divertir e atrair turistas, constituem expressões da cultura sergipana e são referências comunitárias dos seus locais de procedência.
Fonte:
FRANÇA, Vera Lúcia Alves, CRUZ, Maria Tereza Souza, FONTES, Araccy Losano, DANTAS, Beatriz Góis, ALMEIDA, José Antônio Pacheco de , PINTO, Josefa Eliane Santana de Siqueira, SANTOS, Lenalda Andrade Santos, OLIVA, Terezinha Alves de. Atlas escolar Sergipe: espaço geo-histórico e cultural – João Pessoa/PB: Editora Grafset, 2007.

Cidades Históricas de Sergipe

















SERGIPE TEM MUITA HISTÓRIA A CONTAR

(retirado do link: http://www.propagtur.com.br/excursoes/receptivo/cristovao2.asp)

As cidades de São Cristóvão - quarta cidade mais antiga do Brasil - e Laranjeiras, com seus monumentos que remontam à colonização portuguesa, são tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional graças ao seu rico e belo acervo arquitetônico, cultural e religioso.

São Cristóvão, fundada por Cristóvão de Barros em 1º de janeiro de 1590, foi a primeira capital de Sergipe. Além de preservar um conjunto arquitetônico de grande beleza, datado dos séculos XVII e XVIII, guarda um fantástico patrimônio de arte sacra, considerado a terceira mais importante coleção do Brasil em número e qualidade de peças expostas no Museu de Arte Sacra.

Laranjeiras, o "Berço da Cultura Negra de Sergipe", é um museu a céu aberto do período da escravidão. A cidade formou a sua economia na cana-de-açúcar e no comércio de escravos, cuja presença deixou traços marcantes na cultura, preservados no Museu Afro-Brasileiro, e na religiosidade. Laranjeiras reúne, até hoje, o maior número de manifestações folclóricas do Estado, muitas das quais já extintas em outras regiões do país.


SÃO CRISTÓVÃO – PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL

Em Sergipe, a 23 km da capital, está a quarta cidade mais antiga do Brasil: São Cristóvão, primeira capital de Sergipe, posto que perdeu em 1855, quando o então Presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, transfere a capital para Aracaju. A cidade foi fundada por Cristóvão de Barros, em 1º de janeiro de 1590 - época em que Portugal estava sob domínio do Rei Felipe II da Espanha e 1o de Portugal -, recebendo seu nome em homenagem a Cristóvão de Moura, representante do rei da Espanha em Portugal.

Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1939, São Cristóvão desenvolveu-se segundo o modelo urbano português em dois planos: cidade alta com sede do poder civil e religioso, e cidade baixa com o porto, fábricas e população de baixa renda. O casario guarda nas fachadas a divisão social do Brasil Colônia, representando cada grupo de poder. Os tribeiras, os beiras e os eiras indicavam aos passantes quem ali morava. Se era rico ou pobre, poderoso ou não.

O primeiro arraial foi fundado na confluência dos rios Sergipe e Poxim, local onde hoje se encontra Aracaju. A cidade sofreu sucessivas mudanças, até firmar-se, em 1607, à margem do Paramopama, afluente do rio Vaza-Barris, sua atual localização. Em 1637 foi invadida pelos holandeses, ficando praticamente destruída. As tropas luso-brasileiras sob comando do Conde Bagnuolo, tentando evitar a sobrevivência dos inimigos, incendiaram as lavouras, dispersaram o gado e conclamaram a população a desertar. Os holandeses, que encontraram a cidade semideserta, completaram a obra da destruição. Após a invasão holandesa, em 1645, a cidade foi reconstruída. Data daquela época a maioria dos monumentos que formam o fantástico patrimônio histórico da cidade.


  A maioria dos monumentos históricos da cidade está concentrada nas três praças principais, todas localizadas no centro histórico.
Na Praça de São Francisco destacam-se o conjunto arquitetônico da Igreja e do Convento São Francisco, datada de 1693, onde funciona o Museu de Arte Sacra, o terceiro mais importante do Brasil em número e qualidade de peças expostas; a Santa Casa da Misericórdia, belo conjunto barroco construído no século XVII e o Museu Histórico, instalado no antigo Palácio Provincial, do século XIX, que serviu de residência para o Imperador Pedro II quando da visita à cidade, em 1860.