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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

"Santiago" não é um filme... É redenção!

Assisti o filme ontem e estou impactada até agora com este documentário... É simplesmente fantástico: confunde, emociona, surpreende. João Moreira Salles, de forma sensível, apresenta-nos Santiago... Mas não só ele, apresenta-nos a distância entre ele e Santiago... Entre João e ele mesmo e entre suas memórias...

Abaixo uma crítica linda e clicando no título, uma entrevista com o próprio diretor João Moreira Salles.

CONTARDO CALLIGARIS


A vida de Santiago
Uma vida se justifica como um arranjo de flores, não pela duração, mas pela harmonia
ESTRÉIA AMANHÃ o filme "Santiago", de João Moreira Salles. A história de sua produção é conhecida: em 1992, João Moreira Salles filmou um documentário sobre Santiago Badariotti Merlo, que tinha sido, no passado, durante 30 anos, o mordomo de sua família.
Para o diretor, era uma maneira de se lembrar de sua infância e de meditar sobre vida e morte, memória e esquecimento. Ele abandonou o projeto durante a montagem. Santiago morreu em 1994. Em 2005, João Moreira Salles voltou ao material abandonado para criar um filme que é uma obra-prima, imperdível.
Já foi observado que "Santiago" é um filme que desnuda a relação entre o documentarista e sua personagem. O diretor não esconde sua voz, que pede que Santiago repita, retome, fale mais rápido, olhe para cá ou para lá. Alguns acharam que o longa-metragem também quer desvendar a desigualdade inevitável entre o ex-mordomo e o filho do ex-dono de casa. Pode ser. Mas a imperiosidade do documentarista me evocou outra coisa.