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sábado, 22 de março de 2008

Cesar Maia, prefeito do Rio, nega que haja relação entre PSF e dengue

fiquei indignada ao ler a entrevista que Cesar Maia deu ao Estadão na edição de 18 de Março de 2008.

Ele afirma categoricamente:
  • A maior parte das mortes por dengue ocorreram nos serviços privados. SOLUÇÃO: Treinamento aos profissionais da rede privada.

  • O PSF não resolveria os tipos 2 e 3 da dengue.

  • Justifica que o Rio não precisa ampliar a cobertura do PSF, que hoej é de 8,10%, pois os padrões de saúde, nutrição, acesso a escola do Rio são muito diferentes de outras regiões. O Rio tem uma capilaridade em nossos serviços que permite cobrir e informar. SOLUÇÃO: "Se o Ministério abrisse os 4 andares do Hospital dos Servidores do estado e a emergência do Hospital do Fundão, colocasse leitos e pediatras, ajudaria muito"

COMO A IGNORÂNCIA DE CHEFE DE ESTADO PODE CAUSAR A MORTE DE PESSOAS DA COMUNIDADE POR QUEM ELE É RESPONSÁVEL!.

Dengue no Rio

Nota à imprensa: Ministro monta gabinete de crise contra dengue - 19/03/2008

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, determinou hoje (19), a montagem de um gabinete de crise no Rio de Janeiro para o enfrentamento da dengue no município. Os secretários de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, e de Atenção à Saúde, José Noronha, ficarão responsáveis por acompanhar a evolução da situação da doença .junto com o governo de estado. Enquanto que no restante do País houve uma queda de 40% na incidência dos casos de dengue neste início de ano, a capital fluminense superou em mais de 100% o número de casos em comparação ao mesmo período em 2007.O gabinete de crise vai trabalhar de forma integrada com o Governo do Estado e as Forças Armadas. Até a próxima segunda-feira (24), os governos federal e estadual já terão em mãos um levantamento das necessidades de contratação de pessoal, para trabalhar em caráter emergencial, além do mapeamento das exigências na atenção à saúde da população em risco. As informações vão subsidiar a reunião que será realizada também na segunda-feira, com a presença a prefeitura do Rio de Janeiro e os secretários de Saúde dos municípios da Baixada Fluminense. O objetivo é redobrar o combate ao mosquito transmissor e garantir o atendimento às pessoas doentes. O Ministério da Saúde considera que um dos problemas enfrentados no Rio de Janeiro é a baixa implementação das equipes de saúde da família e a desestruturação da atenção básica. Atualmente, as equipes de saúde da família cobrem apenas 8% da população do município. O ministério reafirma que o fortalecimento da atenção básica é essencial para as ações de prevenção e um instrumento fundamental para se evitar as mortes relacionadas à dengue.Em 2007, no município de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, houve uma incidência da doença tão grave quanto a que está ocorrendo no Rio de Janeiro. Ocorreu apenas um óbito porque a qualidade do atendimento primário em Campo Grande era muito boa, principalmente pela cobertura do Programa Saúde da Família. E eram os mesmos tipos de vírus circulando: os dos tipos 2 e 3. Outro exemplo é Belo Horizonte, onde a cobertura do PSF é de 70%.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Unipalmares forma a 1ª turma com 90% de alunos negros

Instituição é paradigma para políticas de inclusão social de afrodescendentes.
Estudantes compensam deficiências com vontade e garra.
Simone Harnik Do G1, em São Paulo
Podia ser uma faculdade como todas as outras, se as aulas de filosofia não fossem sobre igualdade, as de sociologia, sobre raças, as de direito, sobre as condições das minorias, as de história, sobre a trajetória econômica do negro. E, como diz o próprio reitor da Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares, José Vicente, se não fosse uma diferença na "estética" no perfil das turmas: a instituição particular aberta a todas as etnias tem 87% dos estudantes negros ou descendentes - percentual que não é observado em qualquer outra instituição de ensino do país.
Este ano, a faculdade pioneira no país na inclusão de negros, atualmente com um corpo discente de 1.400 alunos, tem a sua primeira classe de formandos (126 estudantes, dos quais 90% são afrodescendentes) no curso de administração, que escolheu como patrono o presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, e como paraninfos os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, governador de São Paulo.